quinta-feira, 9 de abril de 2020

.:: Como conversar sobre o COVID-19 e o distanciamento social com as crianças? ::. 👧🏻👦🏻


Por: Allyne Sereno e Bianca S. Gresele
          As crianças podem sofrer muito nesse período de distanciamento social, pois para nós adultos já é difícil ficar em casa tantos dias seguidos, imaginem para elas, que possuem tanta energia para gastar.
          Além disso, as crianças podem facilmente ficar entediadas, afinal, a maioria delas não se distraem como nós, vendo séries, filmes e lendo horas seguidas. (E nem devem se distrair só assim!) Por isso, pensar na dinâmica e na comunicação dentro de casa nesse momento é fundamental.
          Temos a mania de pensar que devemos preservar as crianças, evitando conversar com elas sobre coisas essenciais e sobre assuntos drásticos. Erramos quando agimos dessa forma, pois na infância é que preparamos as pessoas para a vida, e o essencial é que elas aprendam a lidar desde cedo com o inesperado e com a tristeza.
          Ao contrário do que possamos pensar, elas, mesmo ainda em idade muito precoce, percebem as mudanças do seu ambiente, são como “esponjinhas”, captando tudo indiscriminadamente, aos adultos, portanto, cabe ajudá-las na compreensão e leitura dessas mudanças ambientais, sendo claros e objetivos.
          É claro que não iremos conversar com uma criança na mesma linguagem que utilizamos para conversar com adultos, e nem contar detalhes que não precisam ser contados. Com as crianças utilizamos uma linguagem mais simbólica.
          Por isso, é importante que seja conversado e explicado a criança o que estamos vivendo. A linguagem utilizada será de acordo com a idade e experiência de vida de cada criança. Para isso, já existem alguns livros infantis que falam sobre o COVID-19, e podem contribuir para a comunicação!
          Da mesma forma que é necessário pensarmos nessa comunicação, devemos tomar cuidado com o exagero dela. Isso é um fato importante tanto para adultos quanto para as crianças. Não devemos ficar falando, ouvindo e vendo notícias o dia todo sobre o coronavírus. Essas informações podem causar um impacto muito negativo para o psicológico e para o corpo.
          A criança absorve o que está em seu ambiente, então, se você tem o costume de assistir o jornal do meio dia, enquanto a criança está ao seu lado brincando, não pense que ela não está ouvindo as notícias. Se você tem o costume de conversar sobre o coronavírus com os familiares muitas vezes ao dia, lembre-se que na maioria das vezes a crianças estará próxima e ouvindo, e pode acarretar nela emoções como o medo e a ansiedade.
          Precisamos pensar que assim como nós, as crianças possuem uma personalidade e subjetividade. Cada uma irá reagir e se expressar de um jeito diferente diante no período de distanciamento social. Algumas crianças podem ficar mais emotivas, outras demonstrarem estar mais irritadas, ou ficarem mais caladas, assim como, algumas podem não demonstrar nenhuma alteração no humor. O importante é observarmos!
          E a subjetividade também serve para pensarmos que cada criança terá um jeito e uma preferência por atividades que irá realizar durante esse tempo. Nem os adultos nem as crianças devem se sentir obrigados a serem extremamente produtivos neste momento. Sobretudo para a criança, que tem seu tempo de atenção focal em torno de 20 minutos, é válido lembrar que a sobrecarga de atividades pode causar comportamentos mais ansiosos, tristeza e irritabilidade. Para todos nós o momento pede moderação e acolhimento.
          Não podemos criar regras e impor a todos, tendo em vista que o ser humano é subjetivo. Para alguns, ter criado uma rotina é o que vai ajudar, para outros, é não ter rotina e a cada dia escolher o que deseja fazer. Algumas pessoas estão usando o tempo em casa para estudar e organizar, outras preferem assistir filmes e relaxar. E tudo isso está ok! O importante agora é que cada um procure ficar bem, independente de quais atividades proporcionem isso!
          O mesmo serve para as crianças. Algumas irão preferir a rotina e outras não. Umas irão querer fazer os deveres da escola e outras não. Algumas vão querer brincar o dia todo e outras não. E isso também pode oscilar com de acordo com o dia. Lembrando: o essencial é respeitarmos essas expressões e ouvi-las!
          Converse com o seu filho. Pergunte como ele está se sentindo. Acolha o que ele te fala. Expresse como é normal ele se sentir assim e que está tudo bem! Enfatize que a situação irá passar. E até lá muitas coisas podem ser feitas, inclusive curtir o dia todo relaxando!
          É importante pensarmos o impacto que temos nos nossos filhos. E por isso, todas essas dicas também servem para os pais.
          Que tal montar um cronograma semanal com os pequenos para juntos pensarem em como podem passar bem estes dias?
          Já pensou em brincar com as crianças para ajudar a trazer este assunto à tona e ajuáa-las a se expressarem neste momento?
          Para baixar o cronograma e a cartilha com instruções de atividades para trabalhar as emoções, acesse o link: https://drive.google.com/…/1Am_erCidqSlAm9Ea6Blb7IZNt…/view…

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

.:: Transtornos Psicológicos ::.


Transtornos Psicológicos são alterações do funcionamento da mente que prejudicam o desempenho da pessoa na vida familiar, na vida social, na vida pessoal, no trabalho, nos estudos, na compreensão de si e dos outros, na possibilidade de autocrítica, na tolerância aos problemas e na possibilidade de ter prazer na vida em geral. Eles não têm uma causa precisa, específica, mas são formados por fatores biológicos, psicológicos e sócio-culturais.


Os Transtornos Psicológicos mais conhecidos são:

Estados de depressão, onde são comuns sentimentos persistentes de tristeza, desânimo, ideias pessimistas, de morte, tentativas de suicídio, dificuldades de concentração e de memória ou e tomar decisões. Sintomas físicos persistentes que não respondem a tratamentos, como dores de cabeça, problemas digestivos e dores crônicas. Também são comuns a perda de interesse ou prazer em atividades, incluindo sexo; alterações de sono, energia diminuida e fadiga.

Estados de mania, onde são comuns a presença de irritabilidade, ideias de grandiosidade, atividade aumentada, incluindo atividade sexual, acentuado aumento de energia, comportamento social inadequado, julgamento empobrecido, o que leva a comportamentos de risco, necessidade de sono diminuída, pensamentos acelerados e fala aumentada.

Estados de ansiedade, onde são comuns graus de ansiedade muito elevados que comprometem a realização de tarefas cotidianas, alteração da concentração e agitação. Aparecem também medos exagerados e irracionais. Estes estados de ansiedade podem desencadear ataques de pânico e fobias diversas.

Fobia social, onde são comuns sinais de ansiedade intensa, geralmente semanas antes da situação temida, a pessoa sente que será exposta ao exame de outras pessoas e tem medo de agir de uma maneira inadequada, fazendo com que se sinta humilhada ou embaraçada.

Transtornos obsessivo-compulsivos, onde são comuns pensamentos e comportamentos repetitivos, que comprometem a execução de tarefas diárias. Isto ocorro porque lidar com as idéias (obsessões ) ou executar comportamentos que se tornam verdadeiros rituais (compulsões), leva muito tempo.
No caso do TOC, as ideias e comportamentos (obsessões ou compulsões) podem se apresentar juntas ou isoladas.


Alguns dos principais Transtornos Psicológicos apresentados de forma animada:

Transtorno Obsessivo Compulsivo


Depressão


Fobia Social


*Vídeos: "Minutos Psíquicos" - Youtube





terça-feira, 13 de janeiro de 2015

.:: Quatro anos da tragédia em Teresópolis: Luto e Luta ::.

Cena desoladora após a chuva de 12/01/2011 em
um dos bairros de Teresópolis
Foto: Domingos Peixoto
Após quatro anos da tragédia em Teresópolis, município do Rio de Janeiro, muitos sobreviventes não conseguiram prosseguir com suas vidas, para eles não foram apenas bens materiais que foram carregados com a enxurrada, a água levou projetos, sonhos, lembranças e a possibilidade de reconstruir a vida. Não poucos tiveram seu último adeus retido sob as pedras que tomaram bairros inteiros.
Aos que puderam chorar seus mortos, restou o curto tempo entre a dor de ver interrompida a vida e o alívio de poder encontrar e reconhecer um ente querido dando-lhe a dignidade de uma breve, mas intensa despedida.
Abrigo improvisado para os sobreviventes da tragédia de
janeiro/2011 no Ginásio Poliesportivo Pedro Jahara
Foto: Vladimir Platonow
Pessoas que não perderam suas casas, familiares e pertences, também foram devastadas pela tragédia; diante de tamanha catástrofe natural, vêm à tona inúmeras fragilidades, que embora humanas, por vezes são negadas e esquecidas no caminhar corrido de cada dia. Surgem os sentimentos de impotência, o medo da dor e da finitude da vida.
Acerca dos que sobreviveram à força das águas, cabe a nós, meros coajuvantes, a retórica: como se sentirão pertencentes a algum lugar ou donos de alguma coisa, o que incluiu suas próprias vidas, diante de um luto que não pode ser vivido?
As pessoas passam pela vida perdendo e ganhando, todavia, quando se perde alguém ou algo, é preciso que se vivencie um período de luto, este tempo é organizador e integrador. É o momento em que o psiquismo “se veste de preto” e chora o que não deu certo: o amor que não foi correspondido, o casamento que acabou, a amizade perdida, o sonho desfeito e, principalmente, um ente querido que falece.
Em seguida chega o tempo de “vestir-se de branco” e dar pano de fundo para todas as luzes e combinações de cores que surgirão: as novas conquistas, os novos amores, as novas amizades, e o lugar da saudade que traz à memória, agora sem dor, a saudade daquele que partiu.
O luto é para ser vivido sim, mas como uma luta a qual se sai vencedor!
Perdas podem ser devastadoras, e caso a dor persista por mais de dois anos é recomendado que a pessoa seja acompanhada por um profissional especializado.
O enlutado deve ser ajudado a criar mecanismos para que seu luto converta-se em luta, e suas dores do passado não imobilizem o seu caminhar futuro.

Moradores de Teresópolis, RJ, fazem manifestação para lembrar os quatro anos da tragédia


Maior tragédia natural da história do Brasil completa quatro anos



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

.:: Psicologia e Arte: A Harmonia do Encontro ::.



“A arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. 
É liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida.” 
Carl Gustav Jung

         Todos nós, seres em trajeto, buscamos muito mais que apenas viver sob os jugos de marcas do passado ou expectativas amedrontadoras do futuro, nós nascemos para a liberdade de encontrarmos o que somos verdadeiramente. Nosso eu mais profundo precisa de atenção e cuidados, é a ele que devemos nos dirigir se quisermos saber como e para onde vamos.
                Nosso trajeto em busca da totalidade do que ainda seremos não pode e nem deve, ser interrompido por emoções e sentimentos que nos aprisionam e por vezes, nos desintegram. Desintegrados, somos impedidos de ver, sentir, entender, optar livre, consciente e profundamente.
                É nesta perspectiva que a PSICOLOGIA e a ARTE, de mãos dadas, exercem seu movimento harmônico convidando a nós, seres em trajeto, a um calmo e verdadeiro retorno ao lar. Que maravilha é poder voltar para casa, para nosso centro, para nosso lar. Arrumar, florir, enfeitar este espaço de nós mesmos, torná-lo blindado a todo ressentimento e amargura, fazendo florescer o que há de melhor em nós! Mais maravilhoso ainda é poder encontrar este aconchego através do sutil movimento das tintas, formas, cores, cheiros e sons!
As oficinas, cursos e worshops AFETOS EM TRAJETO: A arte de integrar e ser, como o próprio nome já diz, tem por objetivo situar o ser em sua própria essência, de forma que ele possa encontrar seus afetos de e integrá-los através de dinâmicas vivenciais e técnicas de arteterapia.
Um encontro, que por si só, não poderia ser mais harmônico!
*Psicóloga Clínica e Orientadora Profissional
Idealizadora do Workshop Afetos em Trajeto: A arte de integrar e ser
      
Um pouco sobre as técnicas utilizadas no Workshop 

Recorte e Colagem

Coaching

Pinturas

Modelagem
Discurso dirigido